segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Questão comum

Deputados e senadores resolveram questionar as remunerações pagas aos integrantes do Judiciário, que seriam maiores do que as concedidas ao Legislativo. Isso, claro, depois de causarem a maior balbúrdia no país ao se "auto-premiar" com um aumento salarial de 91%!
Agora vamos esclarecer alguns pontos. Primeiro: o poder Judiciário possui claras e óbvias responsabilidades, que precisam ser discutidas pela sociedade e sua ação reformulada, no sentido de tornar sua ação mais eficiente.
Não se vive sem Justiça e a existência de um sistema organizado (e não simplesmente bem remunerado) e eficiente é fundamental!
Pois bem, agora vamos ao poder Legislativo. Vai mal, muito mal....o país inteiro está se perguntando pra que servem tantos senadores e deputados (e por tabela deputados estaduais e vereadores) se eles não fazem algum trabalho realmente eficiente e perceptível à realidade popular.
Ora, qual é a principal impressão que se tem dos nossos parlamentares hoje: pessoas que se agrupam sob legendas partidárias que não possuem sequer ideologia ou objetivos claros, que concentram toda a infra-estrutura caríssima do Congresso para agressões ao governo e para faazer política partidária.
Outra impressão terrível do nosso Congresso na interpretação popular: um centro de corrupção, onde circulam interesses de grandes corporações e de empresas ligadas aos próprios partidos!
Pior: o ambiente ideal para pressões que em nada favorecem a população brasileira! Muitos discursos e pouca ação! Muita retórica e poucos resultados práticos!
É para isso que os nossos parlamentares querem receber salários milionários que se desdobram em valores adicionais?
É muita cara de pau! Acho que os nossos deputados, senadores, vereadores, devem começar o ano de 2007 com um objetivo: trabalhar não para o sistema, mas para a comunidade brasileira. Justificar seus votos, seus projetos, provar para quem está trabalhando!
Caso contrário essa crescente irritação popular pode tornar uma das nossas maiores conquistas - a democracia - discutível. E isso seria um retrocesso na história brasileira! (dezembro 2006)

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