Depois de décadas mantendo as sacolas para
transporte de produtos adquiridos pelo
consumidor, com custo já previsto no valor
pago, os supermercados não podem
simplesmente suspender o serviço, obrigando
à compra de outras sacolas, como as
biodegradáveis ou as retornáveis.
É esta a conclusão da Fundação de Proteção e
Defesa do Consumidor - Procon, de São Paulo,
anunciada em nota e ratificada durante
reunião com a Apas (Associação Paulista dos
Supermercados).
Demorou, essa iniciativa do Procon. Ora, o comércio tradicionalmente embute nos preços as despesas com sacolas, de papel ou de plástico, pela óbvia razão de que quem adquire produtos não pode leva-los sem algum embrulho. Nos velhos tempos serviam as folhas de jornais ( ainda hoje são usadas por alguns tipos de comércio) ou sacos de papel. A partir dos anos 70 as sacolas plásticas foram se tornando o principal meio de acondicionamento dos produtos.
Por que motivo esse hábito, que na verdade já está bem pago, seria suspenso subitamente
pelos supermercados?
O consumidor deve exigir que seus produtos possam ser transportados. Os supermercados
tem várias alternativas: usar sacolas biodegradáveis, que seriam mais convenientes pelo
menos por um período de adaptação do consumo (é que mesmo sendo biodegradáveis, ainda
poluem, levando em média três a cinco anos para decomposição. Há um acordo para o fornecimento de sacolas degradáveis gratuitas no mínimo até o início do mês de abril próximo), sacos de papel ou caixas de
papelão.
Caixas de papelão são abundantes, ou deveriam ser, pois a maioria dos produtos recebidos
pelas lojas vem dentro dessas caixas.
De qualquer forma os supermercados devem oferecer uma forma gratuita para o transporte
dos produtos vendidos, segundo garantiu o chefe de gabinete da Fundação Procon-SP, Carlos
Coscarelli,