Os abusos ao consumidor devem ser denunciados e corrigidos! Agua mole em pedra dura, tanto bate até que fura!
terça-feira, 15 de abril de 2008
Contra a impunidade da violência
"(...) por que tanta confusão no caso da menina Isabela? (...) será proveito de quem? (...) Iracema F.B - RJ
"(...) O acontecido com a garotinha Isabella é apenas mais um assassinato, como tantos outros que acabaram no esquecimento (...) Jorge - RS
Não concordo com a visão de que há "muita mídia" no caso de Isabella Nardoni. Esse assassinato é tão chocante quanto todos os casos de violência contra a criança, que têm aumentado nos últimos anos de maneira alarmante, não apenas no Brasil, mas no mundo.
No entanto as características do assassinato - uma criança que se encontrava sob a guarda do pai e da madrasta, de classe média, de apenas cinco anos, violentamente esganada e atirada pela janela do sexto andar - desperta a atenção e demonstra que a sociedade anda omissa demais diante do aumento das agressões à crianças.
Não há exagero algum na ação da polícia, mas correção. É preciso cuidar ao máximo das provas, em uma sociedade onde a Justiça acaba absolvendo assassinos, principalmente em crimes passionais. Caso contrário, argumentos absurdos acabam transformando um crime violento ou hediondo e mero resultado de comportamentos ocasionais, estressados, justificados...e todos sabemos que não existe justificativa para um assassinato que não seja em legítima defesa da vida!
Para que não seja esquecido e se transforme em mais um "acontecimento ocasional" que aumente a listagem da impunidade e portanto da violência contra a criança, é preciso que haja provas decisivas, que derrubem qualquer tentativa de engôdo ou dúvida quanto aos assassinos da criança.
Embora pareça absurda essa necessidade: a criança estava sob a guarda do pai e da madrasta, em um predio monitorado, com todos os requisitos de segurança, Após as 11 horas da noite. A afirmação de que alguém teria "invadido" o prédio e conseguido atingir Isabella, agredindo e esganando a criança, cortando a tela de proteção da janela e depois jogando o corpo (por que motivo um assassino faria isso?)é bastante fantasiosa.
O espancamento e o assassinato de crianças dentro do próprio lar, pelos pais ou responsáveis, cresceu assustadoramente. Entre quatro paredes a ameaça à vida torna-se comum, agravada pelo alheamento comum. No entanto se admitirmos a impunidade em caso de espancamento, ou o esquecimento em um caso escabroso de assassinato, estaremos condenando o futuro da própria sociedade.
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