Se criarmos uma galinha no quintal, ela vai botar de 10, 15 ou até 30 ovos por ano. Será um animal saudável, que circula no ambiente e pode viver dez anos.
Mas os ovos que são produzidos em escala industrial espremem o animal em espaços ínfimos, em gaiolas superlotadas. São galinhas manipuladas geneticamente para botar 300 a 350 ovos por ano, mais de dez vezes o limite de uma galinha doméstica.
O resultado é a perda de cálcio. As galinhas confinadas podem quebrar os ossos andando, por causa da osteoporose. Esses animais podem não chegar à vida adulta, morrendo nas granjas, que acumulam caixas de descarte. Quando sobrevivem, a vida continua curta, em torno de dois anos, oito anos a menos que uma galinha criada livre.
O que se pergunta é o seguinte: se é crueldade ao animal, como essa situação persiste?
Outra questão: até que ponto esse tipo de tratamento a galinhas poedeiras pode também prejudicar o consumo humano?